O que é o Laser?

Ao longo do tempo, especialmente nos últimos anos, a medicina dentária (MD) tem passado por uma rápida e contínua evolução graças às técnicas cada vez menos invasivas que tendem a preservar o máximo possível das estruturas orais,  utilizando novas tecnologias para melhorar a qualidade dos tratamentos, entre elas o Laser. O laser faz, portanto parte, da “ Medicina Dentária minimamente invasiva”.

O laser (cujas siglas significam Light Amplification of Stimulated Emission of Radiation) ou seja, amplificação de luz por emissão estimulada de radiação, é um feixe de luz colimado, com diferentes comprimentos de onda, cujas propriedades podem ser usadas de forma terapêutica em diferentes áreas e que não provocam alterações nefastas no núcleo das células, como a radiação ionizante. Há vários tipos de laser usados em Medicina Dentária, em função das suas vantagens em cada procedimento. De baixa potência e de alta potência. Na Clínica Hugo Madeira temos um laser de Érbio, um laser de alta potência, que é um dos que têm maior aplicação na medicina dentária e é muito seguro.

O laser vem trazer grandes vantagens na prática clínica. Quais são as principais indicações?

De uma forma geral o nosso laser pode ser usado para todos os procedimentos de medicina dentária ablativos como a remoção de cárie, descolamento de facetas, à cirurgia, podendo ser usado tanto em gengivoplastias como na cirurgia de sisos ou de implantes, remoção de lesões ou tumores, despigmentação gengival, plastia gengival, descontaminação de canais nas desvitalizações, descontaminação da superfície dos implantes e tratamento de periimplantite, entre outros.

A odontofobia é uma realidade para muitas pessoas e o laser pode ajudar nesse sentido. Como?

A odontofobia é uma realidade. O laser pode ajudar bastante uma vez que reduz a ocorrência de dor durante o procedimento, podendo em alguns casos permitir tratamentos sem necessidade de anestesia, anula o ruído (das turbinas e brocas) que é altamente estressante para muitos pacientes, não emite vibração como os instrumentos rotatórios clássicos, que é outra fonte de desconforto e permite uma recuperação rápida com ótimo pós-operatorio. O fato das cirurgias terem muito menos hemorragia e muitas vezes não carecerem de sutura, também ajuda a reduzir esse medo do dentista. 

Quais são as maiores vantagens para o paciente em ser tratado com laser?

Um paciente que seja tratado com laser tem sempre imensas vantagens: o laser permite um tratamento com um índice de dor quase inexistente ou reduzido, quase sem hemorragia, rápida cicatrização e redução do desconforto como o inchaço pós- operatório. As feridas cirúrgicas cicatrizam muito mais rápido. Por outro lado, como tem uma função descontaminante, também evita (em determinados procedimentos) a necessidade de uso de antibiótico, assim como reduz a incidência de infecções pós-operatórias . Isto aplica-se à sua função na descontaminação de superfícies de implantes ou canais durante as desvitalizações. No caso de remoção de facetas permite que sejam removidas sem desgaste do esmalte e sem aumento da sensibilidade dentária, (causado pelo sobre-aquecimento das brocas) preservando a estrutura dentária o mais possível. O número de consultas pode ser reduzido uma vez que muitas vezes após cirurgia não necessita sutura (pontos), pelo que não obriga a consulta de remoção de sutura. No caso de gengivectomias, pode-se proceder na mesma consulta a moldes, o que pela técnica clássica só se faz 10 a 15 dias depois.

Qualquer pessoa pode ser tratada com laser?

Todos os pacientes são passíveis de ser tratados com laser. No entanto é contra-indicado nas grávidas, por uma questão de segurança, em pacientes oncológicos não curados ou durante o tratamento acivo, uma vez que, se não for usado em segurança, pode estimular as células neoplásicas, em  pacientes com herpes labial ou intra-oral activo ou pacientes sob tratamento com isotretinoína (acne), pela hipersensibilidade à radiação (da mesma forma que devem ter especial cuidado com a radiação solar).

Em qualquer aplicação, deve ser usado sempre cumprindo criteriosos protocolos de segurança, para o médico e paciente.

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