A higiene oral no bebé
Ao contrário do que até há pouco tempo atrás se recomendava, a boca do bebé não deve ser limpa quando ainda não existem dentes na boca e se for alimentado a leite materno. Isto porque, sabemos hoje que existem benefícios principalmente a nível do desenvolvimento do sistema imunitário, da estagnação dos restos de leite na superfície da língua do bebé.
Por outro lado, se o bebé for alimentado com leite de fórmula, não existem benefícios nem malefícios da estagnação, ficando ao critério do cuidador a limpeza da mesma.
É de salientar que existem alterações que podem surgir sem sintomas associados, tornando-se importante a observação da boca do bebé. Nos casos em que é percetível alguma situação fora da normalidade, deve ser avaliado pelo Pediatra ou Odontopediatra.
Nasceu o primeiro dente, e agora?
A partir do momento em que nasce o primeiro dente, deve ser então iniciada a escovagem 2x/dia – manhã/noite.
Nestas idades, a escova deve apresentar uma cabeça pequena, cerdas macias e cabo em forma de mordedor ou cabo normal com bloqueador pois o bebé está numa fase de exploração oral, sendo importante a sua participação no momento da escovagem.
A pasta deve ter, no mínimo, 1000 ppm de flúor (valor apresentado nos ingredientes da pasta dentífrica) e a escovagem deve ser realizada com o bebé deitado para que o cuidador tenha uma melhor visualização dos dentes. Enquanto o bebé não souber cuspir, a quantidade de pasta a ser colocada na escova é igual a um bago de arroz.
A partir dos 3 anos de idade
A partir desta idade, a quantidade de pasta deve ser semelhante ao tamanho de uma ervilha e esta deve conter 1450ppm de flúor. Os elixires não são recomendados para os mais pequenos, sabendo-se hoje que há mais benefícios a nível de prevenção de cárie no flúor presente na pasta do que um elixir no final da escovagem.
Até aos 8 anos de idade
A criança deve sempre ser supervisionada no momento da escovagem, isto porque ainda não possui a destreza manual pra executar e garantir uma escovagem eficaz.
A pasta deve ser encarada como um remédio, sendo que o flúor é tóxico quando não usado nas corretas dosagens e existindo o risco de ser consumido deforma sistémica, podendo provocar efeitos negativos na saúde da criança.